domingo, 22 de maio de 2011

Como funcionam as cadeiras 4D dos cinemas


Dia 18 de dezembro de 2009, uma data que ficou marcada na memória de muitos. Nesse dia, o filme “Avatar” estava estreando no Brasil e o conceito de cinema 3D estava ganhando um novo sentido. E foi em 2010 que a onda dos filmes tridimensionais realmente pegou. Desde então, quase todos os longas começaram a ser exibidos em duas versões: uma simples e outra com objetos que saem da tela.
A evolução da experiência cinematográfica não parou por aí. Muitas empresas do ramo viram o pote de ouro que o 3D trazia e pensaram em investir em algo ainda melhor: o cinema 4D. Tal novidade não significava exatamente que os filmes ganharam uma nova dimensão (pois cada “D” faz referência a uma dimensão). O nome adotado comercialmente foi escolhido para indicar que os filmes eram 3D e ainda estimulavam outros sentidos além da visão e da audição.
Para poder simular a interação entre o filme e a sala de cinema, as empresas responsáveis pela experiência dos sentidos extras tiveram de apelar para alguns novos aparelhos. Os mais óbvios foram dispositivos para liberar fumaça, jorrar água e aquecer o ambiente. Acontece que a experiência não estava satisfatória e por isso foi preciso adotar algo que interagisse mais de perto: as cadeiras especiais para cinemas 4D.


Na verdade, cadeiras desse tipo não são muito recentes. A Disney, por exemplo, já utiliza brinquedos com “tecnologia 4D” muito antes de falarem nos cinemas 3D. Não há uma data precisa de quando essas cadeiras surgiram, porém, temos a certeza de que as novas tecnologias para esses produtos vão revolucionar o entretenimento e trarão um novo nível de realismo para os cinéfilos.

Antes da cadeira


Como você já percebeu, o cinema 4D não depende apenas de um único objeto ou de uma simples tecnologia. O conjunto de recursos faz com que os filmes realmente saiam da tela e interajam com o público. E para que tudo seja possível é preciso que uma programação prévia seja realizada, afinal, os efeitos não são realizados ao vivo.
Para cada dispositivo existe um software que controla tudo, sincronizando o que aparece na tela com o que acontece na sala. E com as cadeiras 4D não é diferente. Tomando como exemplo os produtos oferecidos pela empresa D-BOX, é possível ter uma noção de como funciona a “construção” dos efeitos.


Em um primeiro momento, uma equipe visualiza o filme inteiro e adiciona os efeitos (o chamado "motion code") em um programa específico. Esse software é compatível com um aparelho que vai comandar os motores embutidos na cadeira. Cada efeito contém instruções quanto ao momento em que deve ser ativado e a intensidade que deve gerar para que o espectador sinta a ação do filme.
Por exemplo: em uma cena de ação podem ser adicionados diversos efeitos para simular os movimentos visualizados na tela. Um efeito acionará o motor de gravidade, dando a impressão de que a pessoa está em queda livre. Outro vai fazer a cadeira tremer em um terremoto. Um terceiro pode provocar pequenas vibrações, enquanto o personagem estiver pilotando um carro numa rua esburacada. E assim por diante; o leque de possibilidades é grande.

O assento recebe os efeitos


Depois que os efeitos são devidamente programados e sincronizados, tanto com o vídeo quanto com o áudio, o envio de informações fica por conta do controlador de movimentos. Esse aparelho não reproduz o filme, mas é responsável por se comunicar com o aparelho que está executando o longa, visto que ele deve sincronizar os efeitos com as imagens.


A fabricante D-BOX, por exemplo, comercializa equipamentos que funcionam em conjunto com um computador e outros que funcionam de forma independente. O modelo compatível com PCs é conectado à cadeira por meio de um cabo USB. Ele pode ser gerenciado pelo Windows e possibilita que a pessoa que cuida da reprodução realize ajustes finais antes do início do filme.
Já os controladores de movimentos da série “Standalone” funcionam com DVDs ou Blu-rays. Esses modelos trazem HD de 80 GB, portas para conectar até quatro cadeiras, conexão de rede e regulagem do nível de intensidade. A D-BOX não informa qual aparelho é utilizado nas salas de cinema, mas, em teoria, o modelo não afeta o resultado dos efeitos especiais. Vale salientar que os controladores de movimentos podem ser adquiridos para uso residencial.


Depois que os efeitos são enviados à cadeira, basta os motores executarem as atividades. A fabricante não informa quantos efeitos podem ser realizados simultaneamente, mas observando as demonstrações é possível perceber que dois motores podem ser ativados ao mesmo tempo.
As cadeiras 4D da D-BOX possuem reguladores de fácil acesso. Esses servem para que o espectador possa modificar a intensidade dos efeitos. Vale frisar ainda que os produtos da D-BOX possuem sensores para identificar quais cadeiras estão ocupadas, desse modo, os locais vagos não funcionam indevidamente.



Fonte: baixaki.com.br
Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/10199-como-funcionam-as-cadeiras-4d-dos-cinemas.htm#ixzz1N7JA5Ve4

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